Colegio Júlia Wanderley combatendo a Hanseníase
terça-feira, 27 de março de 2012
DURAÇÃO DO TRATAMENTO E CRITÉRIO DE ALTA
O esquema de administração da dose supervisionada deve ser o mais regular possível
- de 28 em 28 dias. Porém, se o contato não ocorrer na unidade de saúde no dia agendado,
a medicação deve ser dada mesmo no domicílio, pois a garantia da administração da dose
supervisionada e da entrega dos medicamentos indicados para a automedicação é
imprescindível para o tratamento adequado.
A duração do tratamento PQT deve obedecer aos prazos estabelecidos: de 6 doses
mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 9 meses para os casos Paucibacilares
e de 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 18 meses para os
casos Multibacilares.
A assistência regular ao paciente com hanseníase paucibacilar na unidade de saúde
ou no domicílio é essencial para completar o tratamento em 6 meses. Se, por algum motivo,
houver a interrupção da medicação ela poderá ser retomada em até 3 meses, com vistas a
completar o tratamento no prazo de até 9 meses.
Já em relação ao portador da forma Multibacilar que mantiver regularidade no
tratamento segundo o esquema preconizado, o mesmo completar-se-á em 12 meses.
Havendo a interrupção da medicação está indicado o prazo de 6 meses para dar continuidade
ao tratamento e para que o mesmo possa ser completado em até 18 meses.
Procedimentos que devem ser tomados
• procure um ambiente tranqüilo e confortável, com o mínimo de interferência
externa;
• explique à pessoa examinada o teste que será realizado;
• demonstre o teste numa área da pele com sensibilidade normal;
• peça-lhe que feche os olhos e os mantenha fechados;
• teste os pontos com a caneta esferográfica de ponta grossa perpendicularmente
à pele;
• peça que diga “sim” quando sentir o toque;
• volte a cada ponto duas vezes, para certificar-se da resposta;
• registre a resposta, “sim” ou “não”, em cada ponto especificamente, de acordo
com o seguinte critério:
Sim - sente o toque: tem sensibilidade;
Não - não sente o toque: não tem sensibilidade.
Guia para o Controle da Hanseníase
A hanseníase ainda constitui relevante problema de saúde pública, a despeito da redução
drástica no número de casos - de 17 para cinco por 10 mil habitantes - no período de 1985 a 1999.
Embora o impacto das ações, no âmbito dessa endemia, não ocorra em curto prazo, o Brasil reúne
atualmente condições altamente favoráveis para a sua eliminação como problema de saúde pública,
compromisso assumido pelo País em 1991 - a ser cumprido até 2005 - e que significa alcançar um
coeficiente de prevalência de menos de um doente em cada 10 mil habitantes.
O alcance dessa meta, no entanto, requer um esforço conjunto dos setores público, privado e
do terceiro setor de modo a superar fatores que dificultam uma ação decisiva sobre a doença, entre
os quais o diagnóstico e o tratamento tardios dos pacientes.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde lançou, em novembro de 2002, o Plano Nacional de
Mobilização e Intensificação das Ações para a Eliminação da Hanseníase e o Controle da Tuberculose
no Brasil, que tem reunido os mais diversos segmentos sociais em torno destas doenças, bem como
os gestores do Sistema Único de Saúde e os profissionais de saúde. Ao lado dessa intensa mobilização
que vem sendo empreendida no País, soma-se a ratificação do compromisso do governo brasileiro,
em janeiro de 2002, durante a reunião da Aliança Global para a Eliminação da Hanseníase, ocasião
em que o Brasil assumiu a sua presidência.
Os 4 tipos de Hanseníase
|*| Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
|*| Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
|*| Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
|*| Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.
segunda-feira, 26 de março de 2012
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.(isso vale para qualquer tipo de doença)
Importante saber
Segundo a OMS, nosso país é líder mundial em prevalência da hanseníase. Em 1991, foi assinado pelo governo brasileiro um termo de compromisso mundial, comprometendo-se a eliminar esta doença até 2010. Entretanto, a cada ano, há mais de quarenta mil novos casos tendo, entre eles, vários indivíduos em situação de deformidade irreversível.
Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.
“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).
Nos dias 24, 26 e 27 de janeiro são comemorados, respectivamente, o Dia do Hanseniano, o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Estadual de Combate à Hanseníase.
“Lepra”, designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).
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